quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Os moídos de Samuel Gois, por Vitória Maria



 “O MUNDO É UM MOÍDO” DE SAMUEL DE  GOIS

por Vitória Lima

O intertexto original deste livro de Samuel de Gois, a música de Cartola, que está insinuado no próprio título do livro, “O mundo é um moído”. A intertextualidade não é nenhuma novidade no mundo literário e é amplamente empregado pelos mais diversos criadores. No texto original, o samba de Cartola,  temos “o mundo ´é um moinho”, o que nos conduz diretamente a outro texto, o clássico “Don Quixote”, de Cervantes. Este intertexto se revela e multiplica pelas páginas do livro, através das relações que se desmancham, que são retratadas. 

Diz Cartola:

“Ainda é cedo amor

Mal começaste a conhecer a vida

Já anuncias a hora de partida

Sem saber mesmo que rumo irás tomar.”

E ainda:

“Presta atenção, querida,

Embora saiba que estás decidida

Em cada esquina cai um pouco a sua vida

Em pouco tempo não serás mais o que és.”


Nos versos seguintes, o intertexto se revela, quando o sambista diz:


Ouça-me bem, amor, presta atenção,

o mundo é um moinho

quando notares estás à beira do abismo,

abismo que cavaste com teus pés.”


Nos versos acima, os intertextos que alimentam o livro de De Gois, o belo samba de Cartola e a obra imortal de Cervantes, se entrecruzam através da palavra moinho, que nos remete  fonética e inevitavelmente a moído, do texto de De Gois... No caso do texto de De Gois, o moído se refere mesmo à relação que se finda, que se esvai dolorosamente no decorrer do livro, produzindo o sofrido moído de que fala o autor. 

Foto: Thaïs Gualberto

Thaïs Gualberto através da sua Editora Guilhotina ficou encarregada da cuidadosa edição e diagramação do livro, que foi revisado por Audaci Junior, editor do Caderno de Cultura do jornal A União, que também publicou erudito artigo no dia 19 de agosto de 2023 sobre o assunto. Nesse artigo Audaci revela seu profundo conhecimento e intimidade com o mundo dos quadrinhos, buscando nomes e referências pertinentes ao mundo em questão, o que já está sugerido no próprio texto de Samuel, que passeia desde as cartas do tarot até os personagens da mitologia grega, como a Medusa e a Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Todo isso revela o amplo espectro por onde se movimenta o quadrinista, além das referências intrínsecas contidas no texto, amplamente discutidas por Audaci Junior no seu texto publicado.

Capa Definitiva - O mundo é um moído

A caprichada edição teve o apoio da Catarse e está à venda na Miramar Livros ou sua loja virtual clicando aqui.

Boa leitura!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

O fantástico mundo Paulo Moreira, por Marcelo Soares


Uma das coisas que mais ouvi a medida que fui estudando mais sobre escrita e produção de roteiro é a importância de se fazer diálogos de personagens criveis, reais e fugir do artificialismo. Este talvez seja o maior desafio de quem inicia na vida de escrever ficções, apurar a forma que suas criações se expressão trazendo uma naturalidade que dialogue com quem ele é, seu local social, conhecimentos e outras características distintas. No mundo dos quadrinhos, alguém que consegue não só fazer isso quanto utilizar de falas bem características para releituras de figuras já famosas da cultura pop é o paraibano Paulo Moreira.


Quadrinista e designer, seus primeiros trabalhos eram reproduções do que via nas revistas e animações que acompanhava como “Cavaleiros do Zodíaco” e “Dragon Ball”, mas foi com postagens em redes sociais de criações próprias que o lhe deram renome na área. Tirinhas como “Ana, Mosquinha e Lagatixinha” e “Mar Menino” traziam situações bem-humoradas do cotidiano e relacionamentos misturados com nostalgia e regionalismo. Com a série em tiras “Bom dia, Socorro” explorou também o uso da linguagem dos aplicativos de mensagens de celular na batalha entre  Beta e Socorro, presas em um confronto no melhor estilo anime de luta bem brasileiro.


Página da HQ "Bom dia, Socorro"

Não é só o uso de gírias ou expressões nordestinas que se destacam, a espontaneidade que Paulo coloca nas interações dos personagens e esse encaixe em situações inusitadas falam muito sobre o seus sucesso de público. Uma tira que gosto muito e exemplifica bem isso é esta abaixo, onde o protagonista (certa representação do próprio autor) quer devolver um dinheiro emprestado e o amigo não quer receber, ato bem comum de nossa vida, que vai escalonando ao campo do absurdo. 


Página da HQ Mar Menino

Em entrevista ao portal Paraíba Criativa falando sobre sua HQ, Operação Dragão Negro, Paulo destaca que levou para sua produção além do jeito de falar, um pouco da personalidade dele e dos amigos e podemos ver essa característica bem nesta tirinha. O “Ei, pô, teu dinheiro daquele dia” sai muito normal como início de um papo entre amigos e uma ótima abertura para um roteiro. O “oxe, relaxa, precisa não” trazendo o conflito e o “doido, vou botar no seu bolso!” o escalonamento para o absurdo. Além do bom traço cartunesco e expressivo que ele faz, temos tudo passado de jeito autêntico, informal sem ser simplório ou “truncado”. Parece simples, mas é mais complicado do que se pensa.


Como disse, isso se destaca ainda mais quando são personagens de marcas/obras muito conhecidas, famosas, que tem suas personalidades, formas de expressão bem marcadas na mente do público. Naturalidade com disrupção/releitura é um movimento que gera não só o humor, acima de tudo a curiosidade.


Não conheço as métricas de visualização, curtidas, compartilhamentos de suas postagens, mas imagino que cada uma que envolva Pokemon, por exemplo, tem grande audiência por esse sorriso que causa do impacto da quebra de expectativas e construção de um cenário bem impensado para aqueles personagens.


Existem no Brasil ótimos e ótimas quadrinistas que escrevem diálogos muito bons, claro, porém, me dá uma profunda felicidade de ver um paraibano como eu fazendo isso com constância, qualidade e retorno de leitores. Fica aí a dica para estudiosos de um bom objeto de estudo!


Se quiser conferir mais do trabalho do Paulo, segue ele no Instagram: @paulomoreirap.






quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

A luta feminina em Bordados de Marjane Satrapi, por Vitória Lima


Desde que me entendo por gente que leio quadrinhos. Primeiro foram as revistinhas infantis, como Pato Donald, Mickey, Pinduca, Bolinha, Luluzinha e tudo o mais que havia disponível para o público infantil, dentre vários outros que meu pai nos trazia de suas viagens e os que acompanhávamos através dos jornais como o Correio da Manhã, que meu pai assinava. Havia também as adaptações para HQ dos clássicos da literatura, que começavam a se popularizar.

Hoje, os quadrinhos são mais uma forma, um suporte de leitura, de divertimento e ilustração para adultos, jovens adultos e crianças, através de uma gama de livros e adaptações que foram surgindo. O mais recente que me caiu sob os olhos foi “Bordados” (Companhia das Letras, 2010), de Marjane Satrapi, autora iraniana que já conhecia através da obra “Persépolis”, tanto em HQ como em filme, mas esse “Bordados” foi uma surpresa que me encantou sobremaneira. Através dele nos familiarizamos melhor com a organização familiar que permeia a sociedade iraniana, que privilegia o homem e submete a mulher a uma rotina limitante, que a reduz a um ser quase infantilizado e irracional. Isso tudo está em “Bordados”, onde as mulheres só tem um objetivo na vida: casar com um homem rico (que acaba sendo, invariavelmente muito mais velho que elas) e, nessa busca cega, muitas vezes se deparam com pretendentes que dizem ser o que na realidade não são. Na condição de oprimidas, encontram mil maneiras de ludibriar o opressor, sejam eles pais, maridos ou outros que assumam esse papel em suas vidas. E os pais das moças, sempre apoiando (de perto ou de longe) as opções das filhas, contanto que elas sejam economicamente proveitosas. Marjane aproveita a oportunidade para denunciar as armadilhas que se escondem por trás das falsas aparências. Paralelamente, criam-se as rodas de amigas, onde a sororidade as compensa pela opressão paterna (e até materna!) prevalente. 

Como todos ao oprimidos, as mulheres se apoiam e se ajudam mutuamente e inventarem formas de se defender das diversas armadilhas machistas que as cercam e ludibriar seus opressores, uma delas sendo a técnica do “bordado” que consiste na reconstituição do hímen, com a qual driblam a exigência obrigatória da virgindade para as mulheres. 

O livro me levou diretamente de volta aos anos 1970, quando estudava nos Estados Unidos. Estudar em outro país, era uma forma que as jovens iranianas encontravam de fugir da vigilância familiar, e quem sabe, casar e viver uma vida mais livre, longe dos costumes arcaicos do país de origem. Isso, para nós latinas era um sonho e para as orientais, no caso, as iranianas, uma oportunidade de fugir dos casamentos arranjados pelos pais, à revelia da noiva.

Crédito foto: Joseph Szabo

Conheci e fiz amizade com uma jovem iraniana nessa situação. Ela, que já estava morando nos Estados Unidos há alguns anos, já concluíra a graduação e estava vislumbrando um mestrado na sua área (não me lembro mais qual era a sua área de estudo). O fato era que ela sempre descobria um novo curso, uma nova forma de postergar o retorno para o Irã e lá submeter-se a uma união com um homem mais velho, escolhido pelos pais, que já se impacientavam com suas postergações e pedidos de desculpa ao “noivo” que haviam escolhido para ela, dentro dos padrões tradicionais: muito mais velho e rico, muito rico. Então tomaram uma decisão e foram eles mesmos resgatar a filha, que adiava tanto a volta para casa. 

Quando a conhecemos, a jovem iraniana estava vivendo esse dilema: voltar para o Irã e casar com o velho rico que os seus pais haviam escolhido para ela, ou permanecer nos Estados Unidos, opção com a qual ela não podia arcar e seus pais lhe deram um xeque-mate: ou ela voltava com eles, ou não arcariam mais com os custos de sua permanência nos Estados Unidos. E foi o que ela fez: voltou para casa, desolada e triste, e nós, suas amigas, não tivemos mais notícias suas.




sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Comic House marca presença em evento e dará descontos em HQs

 

Pessoal, hoje, sexta-feira e amanhã, sábado, estaremos na Feria Florear @feiraflorear que será realizada na frente da @locacomotumadrejpa.

Vai ter muita música, gente animada e vários expositores com suas produções incríveis.

E para colocar mais tempero nessa notícia, estarei levando vários lançamentos das principais editoras de HQs com descontos incríveis.

Salvem as datas e preparem-se para uma turnê que não está no gibi.

Ah! E de quebra, esperamos vocês para batermos um animado bate-papo sobre o mundo dos quadrinhos.

😉Aguardamos sua visita! E não deixe de compartilhar e chamar seus amigos para nos visitar na turnê desse final de semana.

sábado, 25 de novembro de 2023

domingo, 22 de outubro de 2023

Top! Top! realiza bate-papo e sessão de autógrafos com Caetano Curry, autor de Téo & O Mini Mundo em João Pessoa.

 


O quadrinista mineiro Caetano Cury, autor das tirinhas "Téo & O Mini Mundo", estará em João Pessoa no sábado, 28 de outubro, para uma tarde de bate-papo e autógrafos. O evento realizado pela Top! Top! - A Convenção Paraibana de Quadrinhos em parceria com a Livraria União, terá início às 16h na sede da citada livraria, no Espaço Cultural José Lins do Rego, com entrada gratuita.


Durante o encontro, Caetano fará uma leitura comentada de suas tirinhas e discutirá as histórias mais marcantes. Ele compartilhará curiosidades sobre o processo de criação, explorando sua abordagem filosófica e a relação com a aquarela, técnica predominante em seu trabalho.


As tirinhas de Caetano proporcionam uma perspectiva única para entender o mundo, abordando temas como vazio, desejo e amor. O público terá a oportunidade de fazer perguntas e comentários. Além disso, livros e prints estarão disponíveis para compra após o evento. Aqueles que possuem obras do autor são convidados a levá-las para autógrafos.


Além da coleção "Téo & O Mini Mundo", composta por três volumes, Caetano também é autor do livro "Jorge", tirinhas de humor sobre um idoso bonachão que conquistaram a Internet. Esta obra também será abordada no encontro.


Caetano Cury, jornalista de Guaxupé, MG, tem dedicado sua vida aos quadrinhos desde a infância. Em 2012, deu vida ao "Téo & O Mini Mundo", uma série na qual o protagonista, Téo, observa um universo inteiro nas lentes de seu microscópio. Atualmente, mais de 280 mil seguidores acompanham as tirinhas pelo Instagram @teoeominimundo.



sexta-feira, 21 de julho de 2023

A boa do final de semana é a Comic House na Mira Miró



Neste final de semana, mais precisamente nos dias 21 a 23 de julho de 2023, a Comic House  estará presente na 5ª Edição da Feira Mira Miró, que irá na Usina Cultural Energisa, por meio do projeto "Viva Usina".


A feira reunirá diversas categorias de empreendedores da economia criativa que se relacionam com a arte em suas diferentes linguagens. Sendo assim, artistas, coletivos artísticos, editoras independentes de qualquer localidade, autoras e autores das mais diversas artes impressas e publicações independentes: livros, pinturas, ilustrações, colagens, cartonagem, zines, lambe-lambes, fotografias, revistas, cordéis, gravuras, encadernação, quadrinhos, serigrafia, designers, comerciantes gastronômicos, de jardinagem e moda.


Entretanto, além da área de expositores e trará atrações destinadas ao público de todas as idades, ao disponibilizar área kids com diversos brinquedos, atividades a apresentações artísticas com a performance de palco “Trupe de um homem só”, o Projeto Pano de Cuscuz com o espetáculo “Uma homenagem para ela” e muita música com DJ Griô e Jeff Lui.


E nós da Comic House, reafirmamos nossa presença levando vários lançamentos, edições de colecionador, HQs autografadas, raridades e muitas, mas muitas ofertas com descontão.


Então, marque em sua agenda esse nosso encontro para o final de semana e vem que a entrada é gratuita.


terça-feira, 7 de março de 2023

Sessão de Autógrafos com o quadrinista, Samuel Gois na Miramar Livros irá agitar sua sexta-feira.

 

No dia 10 de Março/2023 (sexta-feira) o autor de quadrinhos, designer e ilustrador samueldegois vai lançar seu novo livro DR em João Pessoa, cidade natal do artista.  

Após o lançamento durante a CCXP, essa será a 1ª cidade contemplada com uma noite de autógrafos. O lançamento será feito na Miramar Livros (R. José Liberato, 117 – Miramar) a partir das 19h.

DR é uma série criada por samueldegois em 2017 e consagrada pelas DRs realizadas com o público no instagram, às quartas-feiras.  Frente a frente, a discussão da relação pode tomar diversos caminhos, ainda que nada seja dito.

A primeira proposta do projeto foi um dos selecionados da feira Des.Gráfica 2017 do MIS-SP (Museu de Arte e Som de São Paulo), tendo sido publicado pela editora do museu.

Nesta nova edição, o autor propõe uma DR sem palavras, compilando material já divulgado e tiras inéditas desprovidas de texto.

Devido à natureza artesanal do livro, o lançamento conta com edições limitadas. Além do livro DR será possível conseguir o livro Hipocampo e serigrafias com artes do autor.

Dados técnicos:
Autor: samueldegois
Editora: Caderno Listrado
Formato: 14x20cm, 84 páginas miolo em papel 120g. Impresso em offset capa impressa em serigrafia e faca especial para a cinta
Lugar de lançamento: Miramar Livros (R. José Liberato, 117 – Miramar)
Dia e hora: 10/03/2023-19h.




terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Novidades para quem deseja inscrever-se para o troféu Angelo Agostine 2023


Coração a mil com um dos mais importantes convites que já recebi.


Há alguns dias fui convidado pela AQC-ESP, para integrar a Comissão de Mapeamento do 39° Troféu Angelo Agostini, para HQs lançadas no ano de 2022.

Sendo assim, ao lado de Samela Hidalgo, Pedro Lins, Roberta Cirne (@sombrasdorecife), Edgar Franco (@ciberpaje) , Letícia Ferreira, Renato LeBeau, Felipe Campos, Felipe Manhães, Fabiano Azevedo, Regis Luiz, Guilherme Miorando (@guilhermesmee) e Fulvio Pacheco, irei contribuir para dar voz a segmentos da produção nacional que muitas vezes não são visíveis por diversos fatores: distâncias dos centros de produção, distância da hegemonia social de produção e falta de interesse por determinados tipos de quadrinhos pelos canais competentes.

Com essa ação, a organização do Angelo Agostini poderá conceder maior amplitude e visibilidade aos incríveis e talentosos quadrinistas com suas plurais produções.

E com isso, se você produziu e publicou sua HQ no ano passado, quero te convidar a clicar no link https://bit.ly/3IfZjhl, preencher o formulário de mapeamento e possibilitar que sua obra seja conhecida e ainda poder concorrer ao 39° Troféu Angelo Agostini 2023.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Estamos em uma folia que não está no gibi

 


🎉Queridas e Queridos foliões, amanhã estamos no @ifpb.cabedelo participando da Carnabio + Ifolia.

🔥Tragam serpentina, confete, coloquem suas melhores fantasias, venham para a folia e passem em nossa mesa e coloquem em suas coleções os quadrinhos que não estão no gibi.

💥Ah! E não posso me esquecer que vai rolar concurso de fantasia com direito a uma premiação e a presença de @loshermanosdance , nica.bezerra , DJ Trevas (@williamcbral ) e a IFEIRA, para animar a festa.

😍Aguardamos sua visita nessa festança organizada pelos maravilhosos membros do Centro Acadêmico de Lic. em Ciências Biológicas com o IFPB Campus Cabedelo (@ifpb.cabedelo ), o Grêmio Estudantil (@gremioif.cabedelo ) e a IFEIRA (@ifeira.cabedelo)

💯Venha para a Comic House, a loja onde quadrinhos não estão no gibi



quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Comic House completa 20 anos



Cheguei aos 20 anos de vida com tantas histórias para contar.

Como é bom olhar para o passado e constatar tantos momentos vividos de alegrias e realizações compartilhadas em companhia de grandes amigos que conquistei por aqui.

Que felicidade ter recebido 71 autores (quadrinistas e escritores) entre locais e de outros estados e produzido incríveis e memoráveis sessões de autógrafos que eram acompanhados de animados bate-papos entre autores e público, e emocionantes leituras dramáticas.

De continuar formando leitores, inspirando pessoas, realizando sonhos e motivando tantas maravilhosas produções.

Muito obrigada por cada um de vocês que fazem parte da família Comic House, vocês moram em meu coração!
.
Espero sempre tê-los por aqui para continuarmos sempre juntos nessa fantástica e desafiante jornada cheia de alegrias e desafios que não estão no gibi, mas que com vocês será mais leve e feliz!

Ah! E não posso me esquecer de te pedir para você clicar no vídeo abaixo e conferir a emocionante declaração que Manasses Filho, fez para mim que é uma verdadeira declaração de amor aos quadrinhos.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Biografia de Angela Davis chega à Comic House

 


Nascida em em 1944 em Birmingham, no Alabama ao sul dos Estados Unidos, Angela Davis é uma das figuras mais carismáticas do movimento estadunidense pela defesa e a promoção dos direitos civis. Dedicou a vida para a luta contra o racismo e a desigualdade, para a causa feminista, à paz e à melhora das condições dos detentos nas prisões dos Estados Unidos. Angela era adolescente quando começou a se questionar “Por que, para os irmãos negros, sempre há um lado certo e um lado errado da rua para morar? Por que os irmãos negros ainda buscam agradar aos brancos, em vez de lutar contra quem lhes domina e oprime?”. Ela começou a ter tais questionamentos quando a Ku Klux Klan semeava bombas diante das casas das famílias negras no bairro “Dynamite Hill” em Birmingham, Alabama, para obrigá-las a irem embora para outro lugar. Hoje, setenta anos mais tarde, o caminho corajoso de luta e contestação de Davis ainda não terminou.

Na HQ "Angela Davis" (144 páginas, colorido), de Mariapaola Pesce e Mel Zohar é apresentada a vida de Angela Davis a partir de sua entrada na faculdade, centralizando seus posicionamentos sociais e políticos, até sua prisão em 1970 e posterior julgamento. As pautas antirracista, feminista e marxista, que ditaram os rumos de sua vida, assumem um caráter central da narrativa.

Em um traço reminiscente da pop art da década de 1960, Zohar traz uma paleta de cores marcante à narrativa de progressão quase cinematográfica estruturada por Pesce. 

Um ponto de extrema importância da HQ é o seu olhar critico sobre a época que se desenrola a história ao apresenta as complexidades e a efervescência na luta por equidade racial nos Estados Unidos, dando destaque ao feminismo negro.

Justamente essa intersecção entre raça, classe e gênero, abordadas durante a live e que tanto se faz presente na produção intelectual de Davis, traz o quadrinho para a atualidade. 

Outra surpresa, é a representação, ao final da HQ, de uma entrevista de Davis, já em idade avançada, na qual é mencionada a morte de Marielle Franco.


Título: Angela Davis, de Mariapaola Pesce e Mel Zohar

Quantidade de páginas: 144

Capa Cartonada

Arte: Colorida

R$ 79,90

Clique aqui e garanta seu exemplar!

Acesse nossa loja e coloque este clássico em coleção.




Venha para a Comic House, a loja onde os quadrinhos não estão no gibi.




sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Amanhã tem Comic House no Espaço Cultural em João Pessoa!

Pessoal de João Pessoa, amanhã, sábado, 17/12, a partir das 15h, estarei no Espaço Cultural, com a minha querida, Comic House, participando da Feira Armazém, que reúne vários expositores da economia criativa.
Venham pra cá, façam-me uma visita, vamos bater um animado papo sobre quadrinhos e de quebra ainda vou mostrar as melhores HQs para você comprar um presente de Natal que não está no gibi que vai deixar muita gente de queixo caído.

PROGRAMAÇÃO ARMAZÉM (*Tudo gratuito!)

15 até 21H - PULA-PULA
16H - PALHAÇO PIPOCA (Recreação Infantil)
18H - SEU PEREIRA ACÚSTICO (Show)

PROGRAMAÇÃO ESPAÇO CULTURAL (*Confira as condições das atividades!)
- PLANETÁRIO - MEIA $2 / INTEIRA $4

15H - 1ª SESSÃO
16H30 - 2ª SESSÃO
Obs: A bilheteria abre a partir das 14 horas

- CINE BANGUÊ - MEIA $5 / INTEIRA $10

16H - “A MÃE” (14 anos / 1h20min / Drama / Dir.: Cristiano Burlan)
18H - “BREVE HISTÓRIA DO PLANETA VERDE” (14 anos / 1h15min / Drama, Ficção científica / Dir.: Santiago Loza)
Obs: A bilheteria abre 1 hora antes de cada sessão
- TEATRO DE ARENA - GRATUITO

20H - PROJETO GAFIEIRA (Bella Raiane part. Quadrilha Junina Paraíba)